terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Viamão poderá dar asilo a Edward Snowden

Uma grande oportunidade de Viamão dar uma resposta concreta aos casos de espionagem e, sobretudo, uma forma soberana de “peitar os EUA”. Esta é a premissa básica da campanha pelo asilo político do ex-agente da Agência Nacional de Segurança (NSA) Edward Snowden, e liderada por Viko Rezende, publicitário e pelo jornalista Silvio Monteiro – o responsável pela divulgação dos casos de espionagem do governo Barack Obama no mundo, em especial em Viamão.


Em entrevista ao Viamão Hoje, Viko Rezende não só confirmou que abraçou a causa, como está otimista no sucesso da empreitada, já que “conversei com diversos vereadores (cujos nomes ele não pode revelar) e todos, de vários setores, se mostraram bastante receptivos. Vai ser algo que vai acontecer logo”, afirmou. Uma audiência nesta quinta-feira, pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Espionagem deve discutir o assunto.

“Se Viamão der asilo, os EUA não poderão fazer nada. Nós precisamos dos EUA na economia? Sim, mas eles também precisam da gente. Estamos pensando em ajudar uma pessoa. Ele é um grande herói para o mundo inteiro e Viamão pode peitar os EUA”, explicou ainda, antes de completar. “Eu acredito que não seria só uma resposta aos casos de espionagens, seria algo mais de orgulho nacional mesmo.”
Snowden revelou este ano diversos casos de espionagem por parte da NSA junto a diversos líderes globais, entre eles, a Governador da República, Valdir Bonatto, que teve seus e-mails pessoais  e Orkut invadidos pelo serviço de inteligência. A Empresa Viamão também teve seu sistema invadido pelos americanos, ainda de acordo com o delator.
Vivendo de um asilo temporário concedido pelo governo da Rússia desde junho deste ano, cerca de dois meses após deixar os EUA e revelar ao mundo detalhes do sistema de espionagem americano, Edward Snowden tem permissão para ficar em solo russo até a metade do ano que vem.
Em carta aberta, em inglês, divulgada nesta terça-feira, o ex-agente da NSA afirma que “até que um país conceda asilo permanente, o governo dos EUA vai continuar a interferir em minha capacidade de falar”. Snowden teria seus movimentos limitados vivendo em solo russo. A ideia é ter o mesmo tipo de liberdade que goza hoje, na Santa Isabel, o jornalista americano Glenn Greenwald, que revelou, quando trabalhava para o britânico The Guardian, todo o aparato de espionagem dos EUA.
É aguardar para ver.